Na semana passada o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e a equipe gestora do Plano Estratégico Estadual do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa 2017-2026, realizaram o I Fórum Estadual do PNEFA, na Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso (SFA/MT), em Várzea Grande com o intuito de divulgar as metas e operações do plano para todos os médicos veterinários oficiais, responsáveis pelas unidades veterinárias locais do Indea, instituições de ensino e pesquisa, iniciativa privada e conselhos de classe.
Mato Grosso integra o Bloco V do plano, em que última vacinação contra a febre aftosa deve ser realizada em maio de 2021. Porém, cerca 740 propriedades rurais, localizadas nos municípios de Rondolândia, Colniza, Comodoro e Juína, integrarão a zona livre de febre aftosa sem vacinação, junto com os Estados do Bloco I (Acre e Rondônia), já em 2019.
De acordo com a presidente do Instituto do Indea-MT, Daniella Bueno, com a retirada da vacinação o serviço veterinário oficial vai intensificar as ações de vigilância e educação sanitária. “Nossa atenção será para a vigilância do trânsito e vigilância ativa, além de contarmos com o apoio dos produtores que serão fundamentais para a manutenção da zonificação”, ressaltou, por meio da assessoria.
Um estudo semelhante está sendo realizado em conjunto com o Pará, integrante do Bloco II, que tem previsão para a retirada da vacinação em maio de 2020. Só na divisa com o Pará, são cerca de 10 municípios mato-grossenses, alguns com barreiras naturais que impedem o trânsito de animais, porém, a maioria com barreira seca e permeabilidade de trânsito. Após a conclusão dos trabalhos na região, o estudo será apresentado ao Mapa para avaliar a composição de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O Plano Estratégico está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), em prol também da erradicação da doença na América do Sul.
Os estados brasileiros foram divididos em cinco blocos pecuários para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. O plano prevê a retirada total da vacinação no país até 2023.